POESIAS

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A primeira professora

Quem não se lembra da primeira professora?
Aquela que pegou na mão pela primeira vez?
Ensinou as primeiras letras com paciência, carinho e Amor?
A primeira professora foi aquela que alfabetizou,
mostrou o conhecimento, ensinou a ler escrever,
a fazer contas, a usar a régua.
Sempre com muito afeto e amor.
A primeira professora é aquela que dá saudade quando
Voltamos ao passado.
Vem de vez em quando à memória e lembramos da infância,
da merenda e do gosto do suco na hora do lanche.
A primeira professora pode ser comparada a um
anjo no céu, que guiou nossos passos dando rumo e sabedoria.
Ensinando o beabá, nos abriu as portas
para o mundo maravilhoso do conhecimento!
Ensinando-nos a dar valor ao saber.
Ao conhecimento. À educação. E à leitura.
Quem não se lembra da primeira professora?
Sorridente, formava a fila, e pela mão levava os alunos
até a sala. Antes, ensinava o Hino Nacional.
Muitas vezes, durante os intervalos, ria com algumas traquinagens,
mas também colocava respeito só com um doce sorriso ou meigo cafuné.
A primeira professora é para se guardar eternamente no peito.
Ela é a responsável pelo início de tudo.
Aquela que nos ensinou com o suor do próprio rosto
a gostar de estudar com afinco e amor:
A primeira e amada professora!


Antonio Marcos Pires
Rio de Janeiro - RJ.







Bolinhas de sabão

sobem sobem
até que explodem
desaparecem no ar
Mais um sopro
e lá vão elas
- tão belas e circulares -
soltas tontas pelos ares


Cintilantes e molhadas

as bolhas são recheadas

de gostosas gargalhadas
e doces sonhos de criança



Todas elas redondinhas

grandes e pequenininhas

pairam brilham bailam
se movimentam
na dança
no embalo do vento



Sobem sobem

se desmancham

- uma a uma
então estoura -
e vão-se embora por fim



Nem assim

o encantamento

evapora



Valéria Tarelho




 

A Arca de Noé



Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.
O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.

E abre-se a porta da Arca
De par em par: surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca

Noé, o inventor da uva
E que, por justo e temente
Jeová, clemente mente
Salvou da praga da chuva.

Tão verde se alteia a serra
Pelas planuras vizinhas
Que diz Noé: "Boa terra
Para plantar minhas vinhas!"

E sai levando a família
A ver; enquanto, em bonança
Colorida maravilha
Brilha o arco da aliança.

Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta longa e incerta
Uma tromba de elefante.

E logo após, no buraco
De uma janela, aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.

Enquanto, entre as altas vigas
Das janelinhas do sótão
Duas girafas amigas
De fora a cabeça botam.

Grita uma arara, e se escuta
De dentro um miado e um zurro
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escoiceia um burro.

A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.
Vai! Não vai! Quem vai primeiro?
As aves, por mais espertas
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas.

Enquanto, em grande atropelo
Junto à porta de saída
Lutam os bichos de pelo
Pela terra prometida.

"Os bosques são todos meus!"
Ruge soberbo o leão
"Também sou filho de Deus!"
Um protesta; e o tigre — "Não!"

Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.

Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.

Conduzidos por Noé
eis em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista

Na serra o arco-íris se esvai. . .
E. . . Desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Na terra, e os astros em glória

Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
A fala mansa dos bichos
Na terra repovoada.

Vinícios de Morais

 

A RUA


Se essa rua fosse minha.

Se essa rua fosse minha, não mandava ladrilhar.
Não deixava botar pedras, não deixava asfaltar.
Deixava o chão de terra, ou talvez plantasse grama.
Enchia as calçadas de flores, um vasinho em cada poste.
Se essa rua fosse minha, eu não moraria sozinho.
Eu chamaria muita gente, pra morar aqui pertinho.
Chamaria um monte de amigos, alguns parentes, e até o meu irmão.
São todas pessoas queridas, que eu gosto muito, e amo do fundo do meu coração.
Eduardo Amos. Se essa rua fosse minha.

 

S.O.S SAÚDE
Para ter uma boa saúde, cuidados devo tomar.
Vou comer muitas verduras e o chip deixo para lá.
Vou tomar leite, comer carne, ovos, frutas e gelatina.
Vou jogar uma bolinha e nadar numa piscina.
Saúde não vem de graça, é preciso cultivá-la.
Descansar na hora certa.
Tomar água limpinha para saudável ficar.
 (JANE EMIRENE)




Um presente de papel

“Eu queria um presentinho, um presente de natal.
Não precisa ser de plástico, muito menos de metal.
Um presente em que eu embarque em que eu possa viajar.
Algo em que eu flutuasse, e que me fizesse sonhar...
Com ele eu não fico só, e com ele eu posso sorrir.
Posso até ficar com medo, mas eu vou me divertir.
Serve para dias de chuva, serve quando estou sozinho.
Serve para rir e
chorar, pois tem piada e carinho.
Vou pedir para papai Noel o presente que eu quero, é um presente de papel!
“Ei, papai, vê se me escuta!
Neste ano fui bonzinho.

“Se você gosta de mim, o que eu quero é um livrinho”

Pedro Bandeira." Mais respeito, eu sou criança".


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